Por Osmar Dias
A maior alegria de uma mãe é ver seu filho bem. As mães se sacrificam e fazem de tudo para que seus filhos sejam saudáveis, alegres, cercados de amigos e de carinho. Que cresçam com estudo e tenham oportunidades para conseguir um emprego digno e formar uma família no futuro.
Mas não é fácil ser mãe no Brasil. Desde a gestação a mulher passa por diversas dificuldades. Carece de acompanhamento pré-natal e de atendimento digno na hora do parto nos hospitais públicos. Depois sofre com a falta de creches e, mais tarde, falta de vagas em boas escolas públicas. Vê o filho passar por dificuldades na adolescência para chegar à universidade e arranjar o seu primeiro emprego. Isso sem falar na violência, que cada vez mais tem provocado o sofrimento maior de uma mãe, que é ver o seu filho partir.
Deveria ser bem diferente. Recentemente, a organização Save the children revelou em pesquisa que as mães vivem melhor na Noruega e na Austrália, enquanto no outro extremo está o Afeganistão, pior país na classificação dos "melhores e piores lugares para ser mãe". O Brasil está em 58º no ranking, entre os 160 países pesquisados. Ficamos à frente de África do Sul, mas atrás de Chile e Colômbia.
A ONG examinou as diversas ações e soluções de saúde promovidas pelos países que contribuem para salvar a vida das mães e dos recém-nascidos. E lançou uma convocação urgente para aumentar o número de agentes de saúde nas nações mais pobres do mundo. Na campeã Noruega, praticamente todos os nascimentos contam com o acompanhamento de profissionais de saúde especializados. Desde a gestação até o nascimento; do crescimento até a vida adulta.
E tudo isso é baseado numa só questão: respeito. O que todas as mães querem é o respeito pelos seus filhos e pela sua família. Respeito do poder público. E eu acredito que a melhor forma de demonstrarmos respeito pelas mães é termos uma política que possa dar o direito àquelas que estão em gestação terem acesso a um médico e a consultas gratuitas para garantir um parto seguro e saudável.
Depois, as mães querem uma boa creche para que seus filhos possam começar a educação formal. A creche não pode ser – como era antigamente – apenas um lugar para deixar a criança enquanto a mãe está trabalhando.
E, mais tarde, a mãe quer ver seu filho em uma escola de tempo integral, onde a criança será bem alimentada e educada. Receberá noções de cidadania, poderá praticar esportes e aprenderá um ofício para o futuro. Tudo isso deve ser responsabilidade do poder público. Em respeito às mães.
O desafio de ser mãe é maior a cada dia. Em nosso País, e no Paraná não é diferente, 33% das mães são chefes de família, segundo dados do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada). Isso representa um total de 19,5 milhões de famílias que identificam a mulher como principal responsável por seu sustento.
É por isso que queremos construir junto com a sociedade, com a mãe, com o pai, com os filhos, com toda a família paranaense, um Estado melhor, um país melhor. Comprometido com o seu povo e que ofereça serviços de qualidade e oportunidades para que seja possível promover a família e compartilhar os resultados do desenvolvimento. Porque queremos sempre o bem de nossos filhos.
Osmar Dias é o líder do PDT no Senado Federal e pré-candidato ao governo do Paraná.
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